318 gays foram mortos em 2015 em todo o Brasil. O link acima é mais um suposto caso de 2016.
O relatório anual sobre o assassinato de homossexuais no ano passado foi divulgado ontem pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) - mais antiga entidade do gênero do Brasil.
Desse total de vítimas, o GGB diz que 52% são gays, 37% travestis, 16% lésbicas, 10% bissexuais.
A informação chegou até mim por e-mail, através da Parada do Orgulho LGBT de SP. Numa simples busca no Google, é possível ver que todos os levantamentos são feitos pela GGB. Nenhum órgão federal - nem mesmo a Secretaria de Direitos Humanos - se interessou em fazer este levantamento por conta própria ou legitimar aquele feito pelo GGB. No site da secretaria não há nenhuma menção a estes dados.
Embora reúna estes dados há anos, o GGB, por ser registrado como uma sociedade civil sem fins lucrativos, não é considerado uma fonte oficial.
Sem que um órgão público legitime este número, ele é inexistente, ou - em português claro - não vira notícia.
E este ponto não é questão de bandeira. Cada um tem a sua, e se não tiver nenhuma, que ao menos não compactue com este tipo de violência. Estamos falando de crimes de ódio.
"Entre os casos coletados está o do bacharel Helmiton Figueiredo, 30 anos, de Cabo de Santo Agostinho, PE, morto com 60 facadas; Bruno C. Xavier, esquartejado e cimentado em seu apartamento em Diadema, SP e Pablo Garcez, pedreiro de 35 anos, de Manaus, teve seu tronco e braços decepados", diz a nota.
E aí?
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